sexta-feira, 7 de junho de 2013

Marcha da Maconha São Paulo 2013


Neste sábado, dia 08 de junho, acontecerá a Marcha da Maconha de São Paulo, uma manifestação pacifica que visa chamar a atenção das autoridades para as vantagens da legalização e os problemas da proibição da planta.
A parte principal dos esforços pela proibição da maconha aconteceu em 1938, com Harry Jacob Anslinger utilizando de sua posição como comissário do Serviço de Narcóticos dos EUA para proibir a maconha por motivos econômicos.

A cannabis e seu derivado, o canhamo, estavam derrubando a industria do papel, pois serviam de matéria prima mais barata do que a das madeireiras. Sendo assim, Anslinger movido por interesse próprio e de seus amigos em variadas indústrias como Hearst, DuPont, etc, começou sua longa cruzada contra a maconha.


No Brasil, as autoridades brasileiras se alinhavam a favor dos pensamentos repressores estadunidenses, que já era o seu principal aliado comercial e também político, aderindo, portanto,a acordos em reuniões das Nações Unidas, que estabeleciam medidas penais para vendedores ilegais, além da restrição do uso legal das substância que conhecemos como psicoativas, mesmo que para fins terapêuticos.
Hoje, a "guerra contra o tráfico", além de gerar enormes gastos para os cofres públicos, acaba sendo mais prejudicial ao usuário do que a substância em si, já que além de não existirem estudos que comprovem a maioria das maleficências que a maconha traz, e os usuários muitas vezes são presos , sendo jogados em celas superlotadas com criminosos "de verdade", como sequestradores, estupradores e assassinos.
A maconha só gera dinheiro pro tráfico porque é ilegal. Com a maconha legalizada, além de tirar uma das fontes de enriquecimento dos traficantes, traria pros cofres públicos mais dinheiro e controle da qualidade da maconha.
Então, usuário ou não, é importante refletir sobre esse tema e sobre as consequências dele pra sociedade.
Pra quem já refletiu, é importante ir pras ruas, de foma pacífica, pra lembrar pra eles que a maconha, apenas uma planta, não deveria ser considerada uma droga, já que além do uso recreativo, possui fins meditativos e terapêuticos que a comunidade científica não só reconhece como já legalizou em vários países.

Segue a íntegra da nota da organização do evento:
"Além da manifestação, evento terá blocos temáticos, aulas públicas na concentração e shows ao final, com as presenças já confirmadas dos rappers Sandrão (RZO) e Sombra (ex-SNJ). Bloco do Atraso homenageará Gleisi, Feliciano e Osmar Terra.
Confirmada para este sábado (8), com concentração a partir das 14h no MASP, a Marcha da Maconha São Paulo já tem sua programação completamente definida. Além da manifestação, que reunirá milhares de pessoas no trajeto entre Av.Paulista e Praça da República, o dia contará também com aulas públicas no início e apresentações musicais no final. Estão previstas também as presenças de diversos blocos temáticos compondo o ato.

A partir das 14h os manifestantes se reunirão no vão do MASP, onde haverá intervenções artísticas e ensaio das baterias que tocarão durante o evento. Às 15h será a vez das aulas públicas, formato que alcançou bastante sucesso no ano passado e que nesta edição trará falas do historiador Henrique Carneiro, autor de diversos livros sobre drogas, da ativista feminista Terezinha Vicente, que analisará as conexões entre a proibição das drogas e as mulheres, e de um representante da igreja de Ras Geraldinho, condenado a 14 anos de prisão por fazer uso religioso de maconha."

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